Questo sito utilizza cookie tecnici, analytics e di terze parti.
Proseguendo nella navigazione accetti l'utilizzo dei cookie.

Preferenze cookies

#WeAreItaly – Dia Nacional da Literatura Infantil – Gianni Rodari 100

Amig@s do Consulado da Itália em Belo Horizonte,

Aproveitando nessa semana das comemorações para o Dia Nacional da Literatura Infantil (18 de abril), gostaríamos de lembrar que esse ano comemora-se o centenário do nascimento do celebre escritor italiano Gianni Rodari, falecido em 14 de abril 1980.

Rodari revolucionou a literatura infantil contemporânea, através histórias criativas, surpreendentes e encantadoras. Não há ideia com a qual ele não brinque e, depois, vire de ponta-cabeça. Tanta originalidade rendeu-lhe, em 1970, o prestigiado Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infanto-Juvenil.

Entre as mais famosas obras há “As fábulas por telefone”. Elas são contadas por um pai que, precisando viajar a trabalho, ligava todas as noites no mesmo horário para a filha e contava uma história para ela dormir. A maioria é bem curtinha porque, naquela época, as ligações telefônicas custavam caro.

O escritor desenvolveu o talento para contar histórias quando foi professor de escola primária, e, mais tarde, ao trabalhar como jornalista começou a escrever para as crianças. Por ter vivido os horrores da Segunda Guerra Mundial, Gianni Rodari era um pacifista e procurou transmitir esse sentimento em muitas de suas narrativas.

Segue uma das fabulas contadas na obra, uma simbólica mensagem de paz:

Um e 7
Conheci um menino que era sete meninos.
Ele morava em Roma, se chamava Paolo e seu pai era condutor de bonde.
Mas ele também morava em Paris, se chamava Jean e seu pai trabalhava numa fábrica de automóveis.
Mas ele também morava em Berlim, e lá se chamava Kurt e seu pai era professor de violoncelo.
Mas ele também morava em Moscou, se chamava Yuri, como Gagarin, e seu pai era pedreiro e estudava matemática.
Mas ele também morava em Nova York, se chamava Jimmy e seu pai tinha um posto de gasolina.
Quantos eu já disse? Cinco. Faltam dois: um se chamava Chu, morava em Xangai e seu pai era pescador; o último se chamava Pablo, morava em Buenos Aires e seu pai era pintor de paredes.
Paolo, Jean, Kurt, Yuri, Jimmy, Chu e Pablo eram sete, mas eram sempre o mesmo menino, que tinha oito anos, já sabia ler e escrever e andava de bicicleta sem por a mão no guidão.
Paolo era moreno, Jean era loiro, e Kurt tinha cabelo castanho, mas eles eram o mesmo menino. Yuri tinha a pele branca, Chu tinha a pele amarela, mas eles eram o mesmo menino. Pablo via filmes falados em espanhol e jimmy em inglês, mas eles eram o mesmo menino, e riam na mesma língua.
Agora os sete cresceram e não vão poder fazer a guerra, porque todos são um só homem.

Para escutar e ver essa história, clique aqui.  

 

Tem livros do Gianni Rodari traduzidos e publicados no Brasil pela editora Biruta, pela Martins Fontes e pela Editora 34.

Escute “Uma História Atrapalhada” de Gianni Rodari

Escute “Alice viaja nas histórias” de Gianni Rodari