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Exposição “Minas | Itália: Construção da Modernidade”, a partir de 07/12 no CCBB BH, resgata a memória histórica da imigração italiana na capital mineira e no Estado de Minas Gerais

“Minas | Itália: Construção da Modernidade”, a partir de 07/12 no CCBB BH, resgata a memória histórica da imigração italiana na capital mineira e no Estado de Minas Gerais

Nesta segunda, 07 de dezembro, inaugura-se no CCBB BH a exposição “Minas|Itália: Construção da Modernidade”. A mostra, realizada pelo Consulado da Itália em Belo Horizonte com curadoria de Leonardo Castriota e Augusto Nunes, é composta por 20 fotografias em grandes formatos de detalhes arquitetônicos de construções e prédios que retratam a influência italiana na arquitetura da capital mineira. A exposição vai até 31 de janeiro e funcionará com os protocolos de segurança adotados pelo CCBB BH devido à pandemia de Covid-19.

A influência italiana na arquitetura da capital mineira é presença constante nos últimos 100 dos 300 anos que Minas Gerais agora completa. Para comemorar o tricentenário de Minas Gerais, um dos estados brasileiros que mais recebeu imigrantes italianos no final do século XIX e início do século XX, a mostra de fotografias tem por objetivo valorizar a memória histórica da imigração italiana presente em diversas construções arquitetônicas na capital mineira. Com a curadoria de Leonardo Castriota e Augusto Nunes, a exposição vai até 31 de janeiro e funcionará de acordo com os protocolos de segurança adotados pelo CCBB BH devido à pandemia do COVID-19.

A Itália sempre desempenhou um importante papel na cena de Belo Horizonte. A intensa produção dos arquitetos italianos e ítalo-brasileiros marca de forma definitiva a configuração arquitetônica da capital mineira, em construções e prédios como a sede do Minas Tênis Clube, o Palácio Arquiepiscopal, a Santa Casa da Misericórdia, a sede da Prefeitura, a Secretaria da Segurança Pública, atual CCBB BH, e o Teatro Francisco Nunes. Essas construções trazem os signos da cultura arquitetônica italiana, onde a manutenção de um classicismo vigoroso, com uma cuidadosa revisitação dos elementos clássicos, alia-se a uma genuína atenção ao modernismo, que ganha cada vez mais terreno na Europa do século XX.

Num tempo onde a apreensão instantânea do mundo torna o olhar o mais das vezes desatento, aexposição é um convite ao visitante para se ater com mais atenção aos detalhes arquitetônicos presentes em Belo Horizonte, que, espalhados por toda a cidade, refletem a contribuição do pensamento e ação da arquitetura italiana na construção da cidade.

Assim, num primeiro nível, de apreensão primordialmente sensorial, a exposição trará 20 imagens de detalhes arquitetônicos – ornamentos, elementos escultóricos, pedaços de volumes, curvas – em fotografias de grandes formatos. Neste primeiro nível, o público será convidado a se defrontar, de forma intuitiva e mais imediata, com a presença estética desses elementos e com seu impacto visual. Em seguida, este nível de apreensão poderá ser complementado com um segundo nível, no qual o espectador fará a conexão dos elementos apresentados nas fotografias dos detalhes com os edifícios que os abrigam, numa apreensão da ordem do conhecimento arquitetônico.

A mostra é uma realização do Consulado da Itália em Belo Horizonte em parceria com o Governo do Estado, conta com o apoio do Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte e produção do Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável, também sediado na capital mineira.

Para baixar o catalogo da exposição em pdf clique aqui.

 

Novas regras de visitação

Para oferecer segurança ao seu público e seus colaboradores, a entrada acontecerá mediante agendamento online via Eventim (www.eventim.com.br) e com limite de acessos e de quantidade de pessoas nos espaços do prédio. Os ingressos estarão disponíveis para emissão a partir de 28/10. O uso de máscara é obrigatório, assim como a disponibilização de álcool em gel, conforme determina o Decreto da Prefeitura Municipal.

Bilheteria

Não haverá bilheteria física. Os ingressos devem ser emitidos pelo site ou app Eventim (www.eventim.com.br/event/agendamento-de-visita-ccbb-ccbb-belo-horizonte-agendamento-visita-centro-cultural-banco-do-brasil-belo-horizonte-13325534/) com apresentação do QR Code na entrada do CCBB, não se recomenda a impressão do ticket.

 

A imigração italiana e o nascimento da capital mineira

Planejada para substituir a antiga cidade colonial, Ouro Preto, Belo Horizonte se impõe como signo do desenvolvimento urbano planejado ao incorporar as inovações postas e impostas pelos novos tempos, numa modernidade que se anunciava na virada do século, rompendo a hegemonia quase absoluta do colonial, barroco e rococó portugueses.

A capital mineira nasce como realização do sonho de uma ordem positivista comteana no fin-de-siècle XIX. Nesse contexto, a nova capital ganha corpo com sua cenografia urbana ímpar, desenhada pelo traçado de malhas superpostas, pela sua toponímia republicana, como inovadora protagonista naquela passagem de século. Da profunda transformação ocorrida, sobrevive, hoje, quase que apenas a “permanência do plano”, que se denuncia, num repente, pela visão privilegiada de uma esquina que testemunha a cidade outrora erguida em poeirento planalto sobre os escombros do arraial do Curral del-Rei.

“Belo Horizonte surge como uma cidade moderna e, como tal, infiel a si mesma. Contar a história da sua arquitetura é nada menos que evocar a própria construção da cidade, deter-se nas modernidades que, em sucessão, vêm demarcando seu território. No arco que cobre do ecletismo ao pós-moderno, presencia-se a retomada de um frutífero diálogo com a tradição, passando do déco ao modernismo na produção de diversas imagens da modernidade que lhe imprimem significativa marca”, destacam os curadores.

História da imigração italiana em BH e Minas Gerais

A imigração estrangeira para o Estado de Minas Gerais faz parte do contexto geral de imigração para o Brasil, que aconteceu entre o final do século XIX e início do século XX. Segundo as estatísticas oficiais – certamente os números reais foram bem maiores – entraram em Minas Gerais 61.260 imigrantes entre 1894 e 1897, sendo que 50 mil eram italianos.

Em Minas Gerais, muitos imigrantes ajudaram a construir comunidades inteiras, desenvolvendo habilidades artísticas, projetando as cidades em que habitaram, construindo indústrias e introduzindo comércios e produtos. Na construção de Belo Horizonte alguns engenheiros de origem italiana já se destacavam entre os muitos europeus, como o Dr. Burlamaqui, Gustavo Farnese e Adolfo Radice. Os empreiteiros Afonso Massini e Carlos Antonini destacaram-se na construção do ramal ferroviário que ligava as estações Minas e General Carneiro, o que facilitou a vinda de pessoas do Rio de Janeiro para Belo Horizonte. No ramo da exploração calcária, sobressaiu o descendente de italianos J. Orlandini, proprietário da pedreira Acaba Mundo a partir de 1895. Outro italiano que despontou nas artes e arquitetura da nova capital foi Luis Olivieri. Formado em Florença, integrou a comissão construtora como desenhista e, em 1897, criou o primeiro escritório particular desse ofício na cidade. No final da década de 1920 e início de 1930 um descendente de italianos, Luiz Signorelli foi o responsável pela introdução do art déco na capital, juntamente com outros arquitetos. Signorelli foi o primeiro diretor da Faculdade de Arquitetura da então Universidade de Minas Gerais. Outros italianos e/ou descendentes atuantes nessa época foram: Hermínio Gauzi (Edifício San Marco, na Avenida Augusto de Lima, 510); Raffaello Berti (Prefeitura, Cine Metrópole e Palácio Arquiepiscopal) e, por fim, Romeo di Paoli que, além de conceber o edifício do Hotel Imperial Palace, projetou o Centro de Chauffeurs e o Colégio Santo Agostinho.

Desde arquitetos e engenheiros até mestres-de-obras e “pedreiros”, a influência italiana na arquitetura de Belo Horizonte, entre 1900 e 1940, é indelével. O Consulado da Itália em Belo Horizonte, estabelecido em agosto 1902, cinco anos após a fundação da cidade, tem demostrado a relação especial que se estabeleceu logo de início entre a recém-fundada cidade e a Itália, pátria de inúmeros pioneiros que chegaram para dar determinante contribuição na construção e no desenvolvimento da nova capital de Minas Gerais.

 

Consulado da Itália em Belo Horizonte

O Consulado italiano oferece serviços e assistência aos cidadãos italianos que estão em Minas Gerais. Ele é sede da representação da Itália com função administrativa, mas também de promoção econômica e cultural. Em Belo Horizonte, desde sua criação em 1902, o Consulado da Itália vem apoiando as relações culturais e econômicas entre Itália e Minas Gerais, através diversas iniciativas, que criam uma ponte solida entre italianos e brasileiros, entre elas o Italian Design Day (Dia do Design Italiano), a Semana da Língua Italiana, a Semana da Gastronomia italiana e muito mais.

Email: conbelo.mail@esteri.it

Twitter: @ItalyinBH

Instagram: @ItalyinBH

Site: www.consbelohorizonte.esteri.it

 

Daniel Moreira, o fotografo

Daniel Moreira, 1978, vive e trabalha em Belo Horizonte. Graduado em Comunicação. Realizou exposições individuais no Centro Cultural Fiesp, SP, Palácio Das Artes em Belo Horizonte, Centro De Fotografia De Montevideo, Uruguai, Espaço Galeria SESI-SP De Artes Visuais, Campinas, Centro de Arte Contemporânea da Fundação Clóvis Salgado, (hoje “Câmera Sete”) em Belo Horizonte, além de participar de diversas coletivas como “Under de Same Sky”no Hangaram Design Museum em Seul, Korea do Sul e “Terra em Transe” – Dragão Do Mar – Fortaleza, CE. Ganhou e foi indicado a diverso prêmios. Dentre eles destacam-se: Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, XIV Prêmio Funarte Marc Ferrez de fotografia, Prêmio Projetos de Exposições Culturais do Tribunal de Contas da União, (TCU) / Galeria Marcantonio Vilaça. Possui obras em acervos públicos e particulares como Museu Da Fotografia Fortaleza, Centro Cultural Dos Correios – Rio de Janeiro, Fundação Clóvis Salgado – Belo Horizonte e coleção Joaquim Paiva / MAM-Rio de Janeiro.

 

Serviço

Exposição: “Minas | Itália: Construção da Modernidade”

Quando: de 7 dezembro 2020 a 31 de janeiro de 2021

Onde: Centro Cultural Banco do Brasil, Praça da Liberdade, 450, Belo Horizonte – MG/Brasil

Funcionamento: Quarta a segunda, das 10h às 22h (fechado às terças-feiras)

 

Informações:

ccbbbh@bb.com.br – (31) 3431-9400

Facebook: ccbb.bh

Twitter: ccbb_bh

Instagram: @ccbbbh

Site para agendamento:www.eventim.com.br/event/agendamento-de-visita-ccbb-ccbb-belo-horizonte-agendamento-visita-centro-cultural-banco-do-brasil-belo-horizonte-13325534/

Site: bb.com.br/cultura

 

Assessoria de Imprensa

Helga C. Prado

(31) 98632 4429

helgacampos@gmail.com

 

Ficha Técnica

Fotografia: Daniel Moreira

Curadoria: Augusto Nunes-Filho e Leonardo Barci Castriota

Expografia e Montagem: João Pedro Otoni e Lucas Ferreira de Vasconcellos

Montagem: Fala Cenários

Assessoria de Imprensa: Helga Prado

Design Gráfico: Vitor Piedade Garcia

Produção Executiva: Lucas Ferreira de Vasconcellos

Realização: Consulado da Itália em Belo Horizonte

Cônsul: Dario Savarese

Promoção Econômica e Cultural: Cecilia Zazzera

Produção: Instituto de Estudos do Desenvolvimento Sustentável – IEDS

Diretor Geral: Vilmar Pereira de Souza

Diretora Assistente: Arlete Oliveira Soares

Apoio: Centro Cultural Banco do Brasil